quarta-feira, abril 28, 2010

O Tamiflu e o Rating

Não percebo nada de economia, mas vou conhecendo a mente humana.

Estamos perante a Pandemia do ano 2010, repare-se na onda de pânico que se está desenvolver... A utilização do medo das massas para atingir determinado fim, é uma estratégia bem conhecida e posta em prática pelos pioneiros do terror... a referência neste caso é - Ben Laden.

Pelos vistos está a fazer escola e tem sido uma arma fantástica, para os que gostam de ganhar dinheiro rapidamente e sem muito esforço...

A gripe A, lembram-se? O ano passado por esta altura, era um cenário dantesco, abria todos o jornais. Nela , podemos encontrar semelhanças, na actual Gripe A-teniense... Que nesta conjuntura, querem vender-nos; poderá ser o foco de disseminação para toda a Europa...

A Grécia é uma espécie de México 2010. A Gripe A e a Crise Grega são as duas faces da mesma moeda... O Terrorismo Económico. Que sobre a especulação cria um clima em forma de espiral depressiva, que leva a que muitos percam muito do pouco que têm, e que poucos aumentem exponencialmente o muito que é demasiado.

Os piratas Somalis, são meninos de coro ao pé dos especialistas das agências de Rating... Era de mandar para lá e já, a nossa Corte Real...
Já deixámos de estar na mira dessas hienas do capital, (que por trás dos sorrisos e das mensagens de solidariedade, nos ajudam a empurrar para baixo à espera do seu banquete...) agora já estamos a ser bombardeados!!

Foi assim com o Tamiflu, será assim com os juros da divida pública do Estado Português... Quanto pior, melhor!!

Não sei para onde vamos... o que sei é que em climas de medo e terror costumam aparecer os inevitáveis homens providenciais... Em troca de milagrosas soluções nos asfixiam democraticamente.

Vejo tempos complicados, vão impor-nos máscaras... como o fim do 13º mês a baixa de salários... e as vacinas das privatizações... A meio caminho vamos descobrir que a dose da vacina era demasiado forte e desajustada, que morreram mais pessoas da cura do que da doença, e que afinal, pasmem-se... tudo não passou de um aproveitamento de uma situação problemática mas longe de ser critica. E tal como as farmacêuticas as seguradoras já terão facturado... afinal os seguros e a saúde, cruzam tantas vezes o seu percurso...

Falam-me que temos de diminuir o peso do Estado a bem da saúde da economia...mas o que sei, é que os que estão a criar estes cenários não fazem parte do sector público... As agências de Rating pertencem claramente a um dos lados e esse lado é o Privado...

Tenho mais medo do privado que do público, é que de 4 em 4 anos podemos de certa forma controlar o Estado, mas quem é que controla os Mexias deste mundo? Vai-se a ver é o consumidor final... Vamos todos viver às escuras e já!? Parece-me bem que não...

segunda-feira, abril 19, 2010

E as àrvores? Que se podam!!!


Esta sexta dia 16, estive presente em mais uma Assembleia de Freguesia, a fim de utilizar o período antes da ordem do dia, que assiste a qualquer cidadão da sua freguesia. Para colocar questões e apresentar problemas aos eleitos pela freguesia.
A minha intervenção iniciou com a sugestão de leitura de um livro que se chama a "Árvore em Portugal" do Arqtº Ribeiro Telles. Uma vez que noto com desagrado os atentados que se vêm perpetuando todos os anos pelos funcionários municipais, no que diz respeito a poda das árvores no concelho em geral, e na freguesia do Cacém em particular.
No Cacém que já por si é um hino ao urbanismo, deixar que o pouco que resta do seu património verde, seja amputado reiteradamente todos os inícios de primavera, é criminoso. Por isso fiz questão de chamar a atenção para este assunto.
O assunto suscitou um debate caloroso entre todas as forças, e inesperadamente havia um especialista no assunto, que é vogal na Assembleia de Freguesia em representação do PS. A representante da CDU também mostrou o seu descontentamento com esta situação. Da bancada da maioria da Coligação Mais Sintra PSD/CDS/MPT/PPM, (curiosamente em alguns destes partidos Ribeiro Telles não é um estranho) veio um concordar envergonhado sobre o assunto, relativizando e justificando atabalhoadamente o modus operandi com o superior interesse público, uma vez que no que diz respeito a alguns abates, as árvores estavam constantemente a estragar as condutas de esgotos, causando prejuízos à autarquia. E numa outra situação em que existiu um corte brutal, existiram queixas das populações que lhes incomodavam os ramos em frente às suas janelas... Vá de podar ao nível do Rés-do-chão...
Da parte do Presidente da Junta, e apesar de alertar não ser um entendido na matéria, não deixou de justificar o injustificável, com algumas pérolas que passo a transcrever...
" As árvores que foram alvo de abate, eram daquelas árvores que lançam o algodão, e que as pessoas se queixavam de alergias"... (Ao bom jeito de George Bush, " para não haver incêndios, cortam-se as árvores")...
Mais do que este tipo de podas, os cocós e xixis dos cães é que estragam as árvores...
As crianças não podiam usufruir da sombra do pinheiro que foi abatido... porque alguns cidadãos, não tem respeito e faziam daquele espaço um urinol...
O cidadão compra um apartamento, e não pode ficar satisfeito ao abrir a janela. Já viram o que é abrir a janela e só ter ramos e folhas à frente?!

As árvores que estão constantemente a provocar danos, têm de ser removidas...."
Enfim, ninguém é obrigado a saber da poda... mas no mínimo que impere o bom senso quando se tenta justificar o que não tem justificação... Para este eleito o valor da árvore é igual a zero, se a mesma rebentar uma conduta ou estiver na frente de uma janela...