domingo, janeiro 25, 2015

Polis

Nós, atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Je ne suis pas Charlie, mais je suis avec Charlie...

Eu não sou Charlie, porque para se ser Charlie é preciso tê-los nos sitio! Do género, Quantos são?! Eles que venham não tenho medo de ninguém!
Para ser Charlie, cada vez que soubesse que o Cavaco ou o Passos viessem a Castelo de Vide, ia lá de Megafone ao jeito dos Homens da Luta, perguntar pela casa do Algarve com dinheiros do BPN, e perguntar pela Tecnoforma...
Se fosse Charlie, ia para a porta do EP de Évora, perguntar aos visitantes do Engº Sócrates, pelo Freeport, pela Universidade Independente, pelos projectos das vivendas da Guarda...
Se fosse Charlie, ia para o Pingo Doce no Primeiro de Maio trancar os carrinhos de compras todos, com um cadeado que demorasse umas boas horas a ser cortado...
Se fosse Charlie, participava nu na Lisbon Naked Bike Tour.
Se fosse Charlie, ia para a porta do Ricardo Salgado, gritar Oh Abreu, dá cá o meu!
Se fosse Charlie, ia para a porta da Embaixada de Angola perguntar pela filha do Zedu, para lhe pedir que baixe os preços dos refinados Galp.
Se fosse Charlie, ia pedir ao Duarte Lima que fosse atrás dos assassinos do Charlie, como fez com a Feteira...
Se fosse Charlie, ia para o Campo Pequeno, vender Bifanas de carne Humana, porque se Tourada é Tradição, Canibalismo é gastronomia...
Se fosse Charlie, ia ter com a Junot, para lhe pedir que me fizesse um Bitoque!
Ia para o Caldas com um carro alegórico Submarino...
Ia ter com o Jerónimo de Sousa com uma foice e um martelo, e pedia-lhe que usasse a foice para me ajudar a ceifar as plantações de trigo transgénico que por aí andam!
Se fosse Charlie, ia ter com o Louçã com um tubo de Cola de contacto, para que colasse os pedaços do BE e o transformasse em Syriza.
Se fosse Charlie, não estava aqui a escrever isto, já me tinham feito a folha, ou estavam prontos a fazê-lo, porque andaria a mexer com poderes instalados...
Mas para isso é preciso tê-los no sitio, e eu prefiro ver os Charlies das nossas vidas e ter uma inveja boa deles... Porque para como em tudo mais vale sê-lo que parecê-lo!